Inteligências Naturais: e se o maior poder ainda estiver dentro de você?

A inteligência artificial está crescendo lá fora. Mas e a sua inteligência natural, aquela que sente, cria, conecta, como anda?

Mergulhados num mundo automatizado, muitas vezes esquecemos que dentro de nós habita um sistema infinitamente mais poderoso do que qualquer algoritmo: a nossa forma única de ser, aprender, criar e sentir. É sobre isso que quero falar com você hoje.

O psicólogo Howard Gardner revolucionou o entendimento sobre o potencial humano ao apresentar a teoria das Múltiplas Inteligências. Ele nos mostrou que não existe apenas um tipo de inteligência (como o tradicional QI). Na verdade, somos um conjunto de pelo menos nove formas de inteligência, entre elas: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal, intrapessoal, naturalista e existencial.

Inspirado por essa teoria, eu gosto de chamá-las de Inteligências Naturais, ou simplesmente INs.

O motivo é simples: enquanto o mundo fala de IA (inteligência artificial), eu quero lembrar você das potências que já habitam você, de forma orgânica, sensível e viva.

Somos todos gênios (mesmo que tenham te feito duvidar disso)

Segundo Gardner, cada pessoa carrega dentro de si uma combinação única dessas inteligências, com mais força em algumas e menos em outras. E aqui vem algo transformador: todos nós somos gênios em pelo menos duas dessas inteligências.

Sim, você também.

Talvez sua genialidade esteja na sua forma de se conectar com o outro (inteligência interpessoal), de perceber padrões e criar soluções (lógico-matemática), ou na sua sensibilidade musical. Talvez você ainda nem saiba onde ela está, porque sua inteligência natural foi pouco estimulada ao longo da vida. Mas ela está aí. Viva. Latente. Esperando espaço para florescer.

E o melhor: aquelas inteligências que não foram tão desenvolvidas em você podem ser cultivadas. Inteligência também se aprende, se pratica, se transforma.

A criatividade como ponte entre as inteligências

Agora imagine a criatividade como uma linha invisível que atravessa todas essas inteligências.

Ela não está apenas “em mais uma”, mas presente em cada uma delas — como um campo fértil onde tudo se conecta.

A criatividade tem esse papel poderoso de criar nexos. De fazer pontes. De unir saberes e transformar informação em experiência.

É o que chamo de olhar nexialista, um termo inspirado no nexialismo, uma abordagem transdisciplinar que busca integrar diferentes áreas do conhecimento para gerar soluções mais completas e inovadoras. Ou seja, a criatividade funciona como uma cola entre as inteligências, ampliando nossa forma de aprender, ensinar e se relacionar com o mundo.

Um exemplo?

Quando um professor de matemática cria uma música para seus alunos memorizarem uma fórmula, ele está ativando sua inteligência lógico-matemática, mas também a inteligência musical, promovendo uma experiência de aprendizagem muito mais rica. Isso é criatividade em ação, gerando conexão e sentido.

Conhecer suas Inteligências Naturais é um ato de liberdade

Quando você descobre suas INs, você começa a se libertar dos rótulos.

Você para de se comparar com o que esperam de você — e passa a cultivar aquilo que naturalmente já vibra dentro de você.

Você deixa de correr atrás do que falta, e começa a florescer o que existe.

Esse é o convite que faço com o conceito de Inteligências Naturais: um chamado para se reconectar com suas potências inatas, para viver uma vida mais alinhada com quem você é, e não com o que esperam que você seja.

Quer aprofundar esse tema na prática?

Participe do meu workshop “Inteligência Natural: Desperte sua Criatividade”, no maior festival da américa latina sobre Criatividade, o Rio2C, no final de maio. Será uma imersão viva, potente e provocadora.

E aproveita para explorar outros conteúdos do meu blog. Tem muita inspiração por aqui para alimentar sua jornada criativa.

Tudo começa por você. Vamos juntos?

Adriano Ribeiro - Palestrante, Consultor e empreendedor de Criatividade e Inovação